Terno de Reis

Terno de Reis
A tradição do Terno de Reis faz parte da cultura de nossa região, do nosso povo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

REFORMA DO TELHADO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO NO LARGO DA FEIRINHA EM JEQUIÉ-BA

Reforma do telhado da Igreja são Francisco


A reforma do telhado da Igreja de São Francisco, localizada no Largo da Feirinha do Bairro Joaquim Romão em Jequié-Ba já está todo vapor. O Pe. Márcio vem conduzindo as obras juntamente com a Comunidade São Francisco, a fim de que, o mais breve possível retorne as celebrações aos domingos naquela Igreja, local já tradicionalmente frequentado por vários cristãos durante as missas. As celebrações das 19:30 no domingo a noite estão sendo realizadas na Comunidade Nossa senhora da Conceição, no Posto Manoel Antonio até que seja concluída a reforma.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TRAGÉDIA NO RIO DE JANEIRO

Veja novas fotos da tragédia do Rio de Janeiro


Bombeiros durante operação de busca de vítimas na região de Nova Friburgo, neste domingo (16). Foto: Associated Press

Estragos causados na cidade de Teresópolis (RJ). Foto: Agência Estado

Trabalho de remoção de destroços e busca por vítimas em meio aos destroços provocados pela chuva na localidade de Campo Grande, bairro da Posse, em Teresópolis. Foto: Agência Estado.

Voluntários se unem na Cruz Vermelha no centro do Rio de Janeiro para ajudar às vítimas das chuvas na região serrana do estado. Foto: Agência Estado

Chuvas em São José do Vale do Rio Preto: moradores limpam os estrados das chuvas. Foto: Agência O Globo

Morador passa diante de carro soterrado por lama em Nova Friburgo, no domingo (16). Foto: France Presse

Parentes carregam caixão de vítima em cemitério de Nova Friburgo, Região Serra do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (17). Foto: France Presse



Os deslizamentos de terra que atingiram cidades serranas no Rio de Janeiro na semana passada ainda afetam profundamente as vidas de moradores da área. O número de mortos não para de subir.

Equipes de resgate, com apoio de tropas das Forças Armadas, continuam a buscar por vítimas nos escombros deixados por soterramentos e deslizamentos de terra e as autoridades agora se preocupam também com a possibilidade de propagação de doenças o que pode agravar ainda mais a tragédia, uma das maiores da história do Brasil.

De acordo com a previsão do tempo, há possibilidade de mais chuva na região nesta segunda-feira, especialmente em Teresópolis. Nos próximos dias, de acordo com previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é alta a probabilidade de chover em Nova Friburgo e Teresópolis, as duas mais cidades mais afetadas pela tragédia

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CURRAL NOVO EM JEQUIÉ/BA

Vista da Pedra do Curral Novo

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO CURRAL NOVO

Nos idos de 1910, Curral Novo possuía um comércio afortunado e diversificado. Ali a criação de gado vacum , caprino e lanígero era bastante desenvolvida, além de plantações de feijão , mandioca, melancia, abóbora e de outros produtos da região cobriam a vasta e fértil margem do Rio de Contas.

O seu cartão postal continua sendo a Pedra do Curral Novo, onde a muitos anos o Coronel Leonel Ribeiro, pai do consagrado poeta Pacífico Ribeiro, mandou construir uma capela, que emprestava ao local uma visão encantadora e de mística contemplação nos mistérios da fé, que são impenetráveis a razão humana. Infelizmente a fuga dos fundamentos da religiosidade permitiu o desabamento de tão simbólica manifestação da presença de Deus.

O capitão Silvino foi o grande mandatário do Curral Novo. As balsas e canoas utilizadas na travessia do Rio de Contas lhe pertenciam, bem como o primeiro veiculo motorizado a chegar à localidade, importado diretamente da America do Norte, em 1928.

Os primeiros professores do lugarejo foram Ramiro de Oliveira Martins e Maria Amélia, apelidada de Santa. Ali, as crianças aprendiam a ler ouvindo os tiroteios entre os capangas de Capitão Silvino e dos seus adversários.

Em 1917, o reduto foi atacado pela jagunçada inimiga e em 1914 a grande enchente inundou o arraial, ficando em pé apenas duas casas, pertencentes ao Sr. Názaro e a D. Munique, ambos falecidos.

Àquela época pessoas completava 90 anos sem conhecer a capital do estado, pois a viagem, além de longa e exaustiva, era realizada a cavalo, trem de ferro e navio. As casas comerciais ficavam localizadas onde atualmente foi construída a quadra poliesportiva.

Geralmente, quando o Capitão Silvino ia à sua fazenda, seu carro voltava trazendo os sinais das balas das repetições das essências dos seus inimigos, que em 1929, mandaram arrasar sua residência.

A contenda começou quando fazendeiros e posseiros de Duas Lagoas, Serra Pelada e Monte Branco procuraram o Capitão Silvino para pedir proteção conta aqueles que, pouco a pouco, se apossavam das terras que lhes pertenciam.

Então o Capitão Silvino, compreendendo que não poderia tomar, sem amparo da lei, decisão sobre o assunto de tamanha gravidade, foi à Salvador a fim de contratar dois advogados, Armonsé Portela e Ulisses Plácido que, tratando a questão pelos canais competentes, embargaram a medição dos terrenos cobiçados pelos que pretendiam apoderar-se deles.

Depois do julgamento proferido pelo Juiz, favorável aos querelantes que estavam sobre a proteção do Capitão Silvino, este declarou guerra sem quartel ao Coronel Tranquilino José de Souza, um dos mais temíveis chefes de baraço e cutelo do interior baiano.

Certa feita, estando o Capitão Silvino na capital do estado, seus opositores, na calada da noite, atacaram o Curral Novo, havendo combate até as quatro horas da manhã. Depois da retirada, os bandidos acamparam nas imediações do bairro do Jequiezinho com o propósito de matarem o Capitão Silvino.

O Capitão só não caiu na cilada que a jagunçada armou, porque os italianos lhe telegrafaram avisando que não saltasse na estação de Jequié, pois havia uma emboscada para matá-lo.

Sendo o Coronel Ramiro Tourinho um dos homens mais respeitáveis daquela época, saltou do trem na Fazenda Santa Rosa, indo ao encontro do seu amigo, e ao lombo do burro seguiram os dois em direção a Jequié, escapando de três emboscadas. Houve um confronto armado e as marcas das balas ficaram nas paredes do prédio da estação de Jequié.

Por volta de uma hora da madrugada os capangas do Capitão expulsaram os seus inimigos da cidade. Após a façanha, retornaram ao reduto que representa uma página da história do cangaço, cuja fama vive dos feitos de nossos antepassados.

Por Romildo Costa e Natalia em 1989 com colaboração de Wilson Novaes

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

TERNO DE REIS - UMA ARTÉRIA DA NOSSA CULTURA POPULAR


FOLIA DE REIS

O reisado, trazido pelos portugueses, é uma tradição popular que remonta o período colonial brasileiro, com influência das três etnias que formaram o Brasil: o negro, o índio e branco. Seus instrumentos, os tambores, caixas, zabumbas e flautas, formam um ritmo que simboliza a tradição musical criada e desenvolvida por esses povos. Depois que os grupos fazem as visitas às casas no mês anterior, em 6 janeiro é comemorado o dia do Terno de Reis, data especial para se lembrar e reforçar essa expressão da cultura popular. Os nomes dos grupos (As Pastorinhas, Estrela do Oriente, Coração de Jesus, Mensageiro da Esperança e etc.) demonstram a forte influência da religião católica e o respeito ao menino Jesus e aos Reis Magos, a quem muitos integrantes dos ternos pagam suas promessas organizando os grupos e divulgando a tradição.

Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três "Reis Magos", denominados Melchior, Baltazar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII.

Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor aos "Santos Reis" e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos. Trata-se de uma tradição originária de Portugal que ganhou força especialmente no século XIX e mantem-se viva em muitas regiões do país, sobretudo nas pequenas cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, dentre outros.

No Brasil a visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e da acordeon, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode.

Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas vezes se compõe também de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas devidamente caracterizadas segundo as lendas e tradições locais. Todos se organizam sob a liderança do Capitão da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural.

As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde acontecem animadas festas com cantorias e danças típicas regionais, como catira, moda de viola e cateretê. Contudo ao contrário dos Reis da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes mas de recebê-los do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões.

É uma pena que nos tempos de hoje, falando especialmente de nossa cidade, ainda existe um descaso total com as culturas populares, não sendo oferecido o apoio e a dedicação necessária para que estas culturas sejam repassadas às gerações futuras garantindo a sobrevivência de nossa própria história. Eu chamo de ridículo o que é destinado de verbas ao desenvolvimento cultural e artístico pelo poder público, tendo em vista a importância da nossa cultura para a formação da identidade do nosso povo. É preciso ter mais respeito e dedicação para com as manifestações culturais e artísticas populares que, todavia, tem sido deixada em último plano, como se o investimento em cultura fosse prejuízo para os cofres públicos.

Romildo Costa