Sex, 25 Dez, 05h56
ROMA (AFP) - A jovem de 25 anos que derrubou o papa na noite de quinta-feira, no Vaticano, declarou aos médicos que ela "não queria lhe fazer mal", anunciou nesta sexta-feira o site do jornal
Susanna Maiolo, uma ítalo-suíça, que sofreria de problemas mentais, foi detida pela segurança do Vaticano logo em seguida ao episódio e transferida para uma unidade especializada.
"Nada aconteceu de grave. Trata-se de uma mulher que tentou cumprimentar o Santo Padre", afirmou por sua vez o arcebispo de Gênova e presidente da conferência episcopal italiana, o cardeal Angelo Bagnasco.
Maiolo já contava com mais de 150 amigos e várias mensagens de apoio no site de relacionamentos Facebook nesta sexta, o que gerou enorme polêmica na Itália.
A jovem de 25 anos, de dupla nacionalidade italiana e suíça, sofre de problemas mentais. Ela foi apontada por um dos usuários do Facebook como campeã de "corrida com obstáculos", devido ao impressionante salto que deu para romper a barreira de segurança e empurrar o pontífice, que caiu no chão no meio da procissão.
A presença no Facebook de simpatizantes de Susanna Maiolo confirma que é necessário intervir a nível legislativo", comentou o senador Antonio Gentile, do conservador Partido das Liberdades.
Várias autoridades italianas solicitam desde outubro que uma investigação seja aberta para fechar algumas páginas do Facebook que incentivam a agressão e até o assassinato de figuras públicas, entre elas o chefe do Governo Silvio Berlusconi.
No dia 13 de dezembro, ao término de um comício, Berlusconi foi atingido no rosto por uma miniatura da Catedral de Milão, atirada por Massimo Tartaglia, de 42 anos, que também sofre de problemas mentais - e imediatamente se transformou em um herói para os usuários do Facebook.
"Está acontecendo com Susanna Maiolo no Facebook o mesmo que aconteceu com o agressor de Berlusconi: um fórum social que enaltece a violência", denunciou Gentile.
"Esperamos que os grupos do Facebook que elogiam o gesto de Susanna Maiolo pensem na estupidez que cometem ao lançar uma iniciativa tão desagradável, que deve ser impedida e condenada", comentou por sua vez Gianfranco Rotondi, ministro para Programa de Governo.
O Papa, que saiu ileso do incidente, pronunciou sem problemas a tradicional bênção Urbi et Orbi, durante a qual sequer citou a agressão que sofreu.
Maiolo foi internada em um centro médico para pessoas com problemas psiquiátricos, segundo Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.
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