Terno de Reis

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A tradição do Terno de Reis faz parte da cultura de nossa região, do nosso povo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ROMILDO COSTA E ZÉ MARTINS, O SAUDOSO CANTOR DAS CEB'S E TODA IGREJA, JULHO DE 2005, EM IPATINGA-MG

Romildo Costa e Zé Martins - Cantores das CEB'S

A quem não ficou sabendo, comunico a triste notícia: Zé Martins nos deixou sem ter tempo de se despedir. Quem o conheceu com sua proverbial calma e gentileza sabe que ele o faria. Mas uma febre crescente o levou em dois dias. Desde o dia 16 de outubro estamos sem a sua canção libertadora e sem a sua voz que ecoava nas CEBs e nas casas dos mais pobres e de quem os ama. Foi isso que ele escolheu cantar.

Músico, compositor, cantor de bela voz, formado em escola dos cultos e competentes jesuítas, catequista, coração missionário, desprendido, bom pai, bom marido, bom amigo, bom de todo jeito, Zé Martins era marcante. Seu bom humor, suas tiradas, seu jeito quase silencioso de ser, seu quê de filósofo e de matuto, tudo nele revelava o gosto pela terra, pela natureza, pelas coisas simples e seu amor pelos que Jesus chamava de "pequeninos". Era bom conviver com o Zé. Desapegado e despretensioso, ele viveu a vida que lhe veio e a transformou numa obra de arte. Era mármore da melhor qualidade: suficientemente duro para agüentar os golpes do formão e macio o suficiente para os detalhes do cinzel. Tinha as exigências do profeta e missionário e a leveza do amigo perdoador.

Vai fazer falta para a forte e suave Ângela e filhas, para os amigos de todos os dias e para quem bebeu das suas canções que, se não estouraram na mídia, deixaram marcas lá onde eram conhecidas. Ir lá e sujeitar-se aos esquemas do marketing não fazia o seu gênero. Ele era de ir chegando e semeando. Alma de semeador incansável, mesmo enfermo, jamais parou de trabalhar. Sua ultima presença forte foi no Encontro Intereclesial de Porto Velho. Vi-o na casa do Gilson há menos de dois meses. Respirava serenidade. 

Meu tributo a um evangelizador de grande envergadura. Na construção do reino ele foi uma das vigas de sustentação. Não apareceu muito, mas segurou muitos que nele confiavam. Oremos pelo Zé. Ele agora sabe mais do que já sabia. E sabia mais do que muitos de nós. Nem pediremos a Deus que o tenha. Sua vida foi uma certeza! Deus o tem! Católico acredita em céu agora já. Dormir e esperar não era coisa do Zé.

Esta comentário foi feito pelo Padre Zezinho pela morte do cantor e compositor Zé Martis, que gravou e cantou também a canção "Alegria, alegria" do cantor Romildo Costa.

Saudades do Zé que continua vivo e presente em nossas caminhadas e lutas por um mundo mais justo.

Fonte: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=mensagem&id=1152

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