Por Marcela Gonsalves, da Central de Notícias, e Glauber Gonçalves, de O Estado de S.Paulo, estadao.com.br, Atualizado: 7/4/2011 18:05
IML divulga lista de vítimas do atirador do Rio; Cabral decreta luto de 7 dias
SÃO PAULO - O Instituto Médico-Legal identificou 11 corpos e voltou a aumentar para 12 o número total de crianças mortas por um atirador dentro de uma escola em Realengo, zona oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira, 7. Por causa do ataque na capital fluminense, o governador Sérgio Cabral decretou luto de sete dias no Estado. A medida foi anunciada após Cabral comparecer à Escola Municipal Tasso Silveira. O governador afirmou em coletiva que professores, funcionários e os 400 alunos da instituição estão recebendo assistência psicológica.
A Polícia Civil havia reduzido o número de mortos para 11 - sem o atirador -, após o IML informar que haviam 13 adolescentes vítimas do ataque. No meio da noite, no entanto, mais um menino faleceu. Ao todo são 10 meninas e dois garotos vítimas de Wellington Menezes de Oliveira. Outros 12 jovens foram baleados e estão internados - pelo menos três em estado grave (uma menina corre o risco de ficar paraplégica).
Pelo menos quatro famílias já se dispuseram a fazer doação de tecidos das vítimas. O corpo do atirador também está no IML, mas nenhum parente apareceu ainda. A necropsia começou no início da noite.
O clima no IML é de consternação. Waldir Nascimento, pai de Milena dos Santos Nascimento, aluna do 6º ano, deixou o prédio chorando, depois de reconhecer o corpo da filha. 'Ela adorava a escola, não tinha faltado nenhum dia este ano', contou Waldir, que tem mais duas filhas na escola. Ambas não sofreram nada. Ele disse que pretende retirá-las do colégio. Sobre a segurança da escola, ele afirmou que não culpa o Estado. 'O que ele (o atirador) lá podia ter feito na Central do Brasil ou na praia. Não vou culpar o governo'.
Suely Guedes, mãe de Jéssica Guedes Pereira, de 15 anos, já havia reconhecido a filha por foto no Hospital Albert Schweitzer, mas a família só confirmou a morte no IML. 'O sonho dela era entrar na Marinha. Ela estava estudando para isso', contou a mãe, acrescentando que será difícil conviver com a perda. 'Olhar para as coisas dela e o quarto vai ser muito difícil.'
Nádia Ribeiro, madrinha de Mariana Rocha de Sousa, de 13 anos, ficou sabendo da tragédia pela imprensa. Ela contou que o irmão de 9 anos da vítima, que estuda no 3º andar da escola, ouviu os tiros no 2º andar, onde ficava a sala da irmã. A professora mandou que a turma inteira se abaixasse. Segunda ela, uma vizinha, colega de Mariana, a viu no chão, já sendo transferida para a maca. 'Ela era muito vaidosa, queria ser modelo e adorava fotografar. Era muito estudiosa', descreveu Nádia.
A família da estudante Ana Carolina Pacheco da Silva também esteve no IML em busca da menina, mas não a reconheceu entre os corpos. A irmã, Ana Paula, disse que ela estava desaparecida desde a manhã e que iria continuar procurando por ela pelos hospitais da cidade.
Execução. Em entrevista nesta tarde, o deputado estadual Zaqueu Teixeira, presidente da Comissão de Segurança da Alerj, que esteve no local do crime, afirmou que as crianças foram acuadas pelo assassino, e depois executadas, com tiros disparados de cima para baixo.
Na avaliação dele, o fato de a maior parte das vítimas ser menina não é uma casualidade. 'Não tem como não ser proposital uma quantidade de meninas tão grande', afirmou. Segundo Teixeira, o atirador teria utilizado um dispositivo para facilitar o carregamento do revólver. 'No tempo que ele levaria para colocar uma munição, ele colocou seis.' O deputado disse ainda que apesar de esse ter sido um fato incomum no País, é preciso buscar medidas preventivas.
Veja a lista parcial de vítimas:
- Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos
- Bianca Rocha Tavares, de 13 anos
- Géssica Guedes Pereira, sem identificação de idade
- Karine Lorraine Chagas de Oliveira, de 14 anos
- Larissa dos Santos Atanázio, sem identificação de idade
- Laryssa Silva Martins, de 13 anos
- Luiza Paula da Silveira, de 14 anos
- Mariana Rocha de Sousa, de 12 anos
- Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos
- Rafael Pereira da Silva, de 14 anos
- Samira Pires Ribeiro, de 13 anos
Atualizado às 20h04
Fonte: http://estadao.br.msn.com
Solidários com as famílias das vítimas deste terrível massacre pedimos o conforto de Deus Pai a todos.
Na condição de cidadão brasileiro devemos exigir de nossos governantes mais seriedade com o tema Segurança Pública, que envolve uma série de fatores socioeconômicos e culturais e não só de repressão policial. A maioria dos políticos atuais se preocupam mais com suas siglas partidárias do que com os problemas que assolam nossa sociedade. A aplicação de nossas leis devem ser repensadas.
Por Romildo Costa
A culpa não é do governo,não tinhamos casos como estes registrados em nosso país é incomum e para que nada parecido volte a acontecer, medidas deverão ser tomadas para nossa segurança e Cabral deve anuncia-las em breve.
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