Terno de Reis
terça-feira, 29 de setembro de 2009
PARTICIPEM DA FESTA DA COMUNIDADE DE SÃO FRANCISCO, DE 27/09 À 04/10, NO LARGO DA FEIRINHA DO BAIRRO JOAQUIM ROMÃO
CONSTRUÇÃO DA NOVA IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, JEQUIÉ-BA
A construção daquela Igreja é uma antiga reivindicação da Comunidade local, que é uma das mais antigas da Paróquia, sendo construída em mutirão pelo Padre Jesus Villace (atualmente na Espanha), inaugurada com a 1ª Missa celebrada no dia 10 de agosto de 1974 (data de fundação), trazendo vários benefícios sociais para a comunidade local: cursos profissionalizantes, pintura, costura, culinária etc., e servindo por vários anos como Escola Municipal e ponto de apoio para Secretaria de Saúde, além de promover a conscientização e organização do sociedade local.
A Comunidade fica feliz e agradece a Deus e ao Padre Sidney pela concretização deste antigo sonho. Atualmente funciona na Comunidade Eclesial de Base Nossa Senhora da Conceição a Pastoral da Criança, Educação de Adultos, Catequese, Grupo de Jovens (reuniões aos sábados às 19:30), Comunidade(reunião toda terça-feira às 19:30), apoio para atendimento médico municipal e campanhas de vacinação além de espaço de reunião para agremiações locais. Que o novo espaço continue sendo palco de benefícios e transformações sociais em nosso Bairro.
FOTOS DA CONSTRUÇÃO DA NOVA IGREJA, RUA DEP. ADEMÁRIO PINHEIRO, S/N, BAIRRO J. ROMÃO
terça-feira, 22 de setembro de 2009
SEJA UM DIZIMISTA
Antes de começar a gastar, devemos honrar a Deus dando o que lhe pertence primeiro. A Bíblia diz em Provérbios 3:9 “Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda.”
Que parte do nosso salário pertence a Deus? A Bíblia diz em Levítico 27:30 “Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer do fruto das árvores, pertencem ao senhor; santos são ao Senhor.”
Devolver o dízimo é uma forma de aprender que Deus ocupa o primeiro lugar na nossa vida. A Bíblia diz em Deuterenômio 14:22-23 “Certamente darás os dízimos de todo o produto da tua semente que cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus por todos os dias.” Como era o dízimo usado em Israel? A Bíblia diz em Números 18:21 “Eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, o serviço da tenda da revelação.” Cristo aprovou o dízimo. A Bíblia diz em Mateus 23:23 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” Que diz Paulo sobre como o ministério do evangelho será sustentado? A Bíblia diz em 1 Coríntios 9:13-14 “Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? 4Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.”
Em que princípio se basea a devolução do dízimo? A Bíblia diz em Salmos 24:1 “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam.” De donde vêm as riquezas? A Bíblia diz em Deuterenômio 8:18 “Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas; a fim de confirmar o seu pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê.” Além do dízimo que mais devemos trazer ao Seu santuário? A Bíblia diz em Salmos 96:8 “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios.” Deus diz que quando não damos dízimos e ofertas, estamos roubando-Lhe. A Bíblia diz em Malaquias 3:8 “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.”
Como sugere Deus que provemos as bencãos que Ele prometeu? A Bíblia diz em Malaquias 3:10 “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.” Dá com alegria como quem quer agradar a Deus. A Bíblia diz em 2 Coríntios 9:7 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.” Deus diz que o que damos deve reflectir com honestidade o que recebemos. A Bíblia diz em Deuterenômio 16:17 “Cada qual oferecerá conforme puder, conforme a bênção que o Senhor teu Deus lhe houver dado.”
A PARTICIPAÇÃO DE LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA
Desde 1991, o CNL comemora o Dia Nacional dos Leigos e Leigas na Festa de Cristo Rei, com o intuito de recuperar e valorizar a memória da Ação Católica. A cada ano, durante a Festa de Cristo Rei, último Domingo do Ano Litúrgico, comemoramos o Dia do Leigo e da Leiga. O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB, todos os anos prepara um material a ser utilizado como encontros e como proposta para a celebração litúrgica do Dia do Leigo e da Leiga.
Fonte: TERCEIRA HORA - Órgão informativo do Conselho Nacional do Laicato do Brasil - CNLB
PARA REFLEXÃO
Até alguns anos atrás alguns colégios religiosos católicos ainda tinham o costume de “medir” a fé e a prática de seus alunos através de um pequeno formulário onde se anotava o número de missas de que se tinha participado, o número de jaculatórias, de painossos, de ave-marias, de comunhões e confissões... Quanto mais, mais próximo de Deus se estava. Media-se assim, a vida de fé e o seguimento de Jesus por um conjunto de práticas devocionais. Nada mais longe do Evangelho de hoje!
Ser cristão não é viver uma fé da boca para fora, não é somente viver de sinais externos ou internos que mostrem uma intimidade com Deus. Pelo batismo sou chamado a viver a prática de Jesus. Jesus é Deus que se encarna, ao mesmo tempo em que é o Homem divino. Ele tem indissoluvelmente ligados sua vida, suas palavras e atos, sua morte e ressurreição. E ser cristão é “viver como Jesus viveu, amar como Jesus amou...”. Os gestos externos ou internos, as nossas orações e jaculatórias, tudo isso não é ponto de partida no relacionamento com Deus. É ponto de chegada!
Assim, o julgamento de nossa vida, de acordo com o plano de Deus, se dará tendo como parâmetro o pobre. Afinal, como o disse o Papa Bento XVI, a Opção Preferencial pelos Pobres é uma opção cristológica, pois a Encarnação nos mostra um Deus que se encarna na pobreza humana. Num mundo em que bilhões de pessoas vivem no extremo da pobreza, em que a fome alcança um contingente imenso de homens, mulheres e crianças, num mundo em que a migração desinstala os pobres de suas origens e os instala no preconceito de quem os rejeita, num mundo desses clama em nossos corações o grito de Jesus: “Eu tive fome e me destes de comer... Eu estava nu e me vestistes... Eu era estrangeiro e me acolhestes...”
Não é fácil ser cristão, viver o nosso batismo. É muito, muito mais do que viver o intimismo de certas práticas. É arregaçar as mangas e partir para a construção de um novo mundo, de uma nova sociedade, para a construção da civilização do amor. E aí estão os leigos e leigas, homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja.” Como nos diz Aparecida, discípulos e missionários de Jesus Cristo Luz do Mundo.
Carlos Francisco Signorelli
Presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil - CNLB
HOJE COMEÇA A PRIMAVERA
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
MULTIRÃO DA CEB N. SRA. DA CONCEIÇÃO
O Ofício Divino das Comunidades
O ofício Divino é uma celebração comunitária da fé, uma liturgia. Por meio dela continuamos a oração de Jesus ao Pai, fazendo memória da sua páscoa nas horas do dia e nas horas da vida, intercedendo com ele, por toda a humanidade, em comunhão todos e todas que crêem. Qualquer celebração comunitária precisa de um mínimo de estrutura.
Em todas as religiões há ritos para expressar as suas crenças. No Ofício das Comunidades a estrutura de cada celebração (ofício) é bem simples: inicia-se com uma invocação de Deus através de versos de um salmo; abre-se para a recordação da vida; propõe-se o hino que explicita o sentido do mistério celebrado; depois vem o salmo; uma leitura bíblica, meditação e partilha; cântico evangélico; preces, pai nosso e oração; e a bênção final. Cada um destes elementos mudam de acordo com a hora do dia, o tempo litúrgico e as circunstâncias da vida.
Fonte: Rede Celebra
21 DE SETEMBRO - DIA DA ÁRVORE
Ecologia: uma prática do cuidado
Por ecologia entendemos que é a relação, interação e dialogação de todas as coisas existentes (viventes ou não) entre si e com tudo o que existe real ou potencial. A ecologia não tem a ver apenas com o cuidado da natureza, mas também com as sociedades, culturas e nossas formas de organização. Podemos dizer que a ecologia trata do cuidado com a vida na sua integralidade. Hoje percebemos que a vida está por um fio, toda ela está ameaçada, mas sem dúvida a que mais está correndo risco é a vida humana e em especial a dos pobres e excluídos. Partindo desses princípios, precisamos mudar nossa maneira de nos relacionar
conosco, com as pessoas, com a natureza (em especial os biomas e ecossistemas) e com Deus (atitude filial e de co-responsabilidades).
É preciso desenvolver uma “prática boa”, que comece a partir do nosso coração (espiritualidade ecológica) se estenda até as mãos e os pés através de uma verdadeira mudança de hábitos mínimos, pois quem não for fiel nas pequenas coisas não será nas grandes (Sta. Terezinha).
Devemos e podemos reforçar a coleta seletiva, a eliminação do desperdício de água e alimentos, a diminuição do nosso consumismo exagerado, não jogar lixo em qualquer lugar, reaproveitamento de folhas de papel, partilhar o excesso de roupas e sapatos de nossos armários, incentivar o “cata-tréco” em nossos bairros, mutirões de limpeza, mas acima de tudo a conscientização que nasce das nossas formações. Penso que o próximo Intereclesial terá como missão além das questões práticas sobre os ecossistemas e biomas, nos conscientizar sobre a importância das “CEBs” se tornarem “CEEBs” (Comunidades eclesiais e ecológicas de base).
Paz e Bem!
Edvaldo C. Costa
domingo, 20 de setembro de 2009
Mês da Bíblia - Alegria de Servir no amor e na Gratuidade "Hoje entre vós o mesmo sentir e pensar de Cristo Jesus" CARTA DE SÃO PAULO AOS FILIPENSES
D. Orani João Tempesta – Arcebispo do Rio de Janeiro
A palavra Bíblia vem do grego, ela significa "coleção de livros". Nela contém a história da Salvação, desde a criação do mundo feita por Deus até as profecias da Segunda vinda gloriosa de Jesus, o Filho de Deus. Podemos, para um melhor entendimento, caracterizá-la como uma "grande carta" enviada por Deus à todos os seus filhos. Nesta carta contém o Plano que Deus preparou para cada um de nós.
A Bíblia foi escrita durante muitíssimo tempo (aproximadamente 1.300 anos). Seu início ocorreu antes da vinda de Cristo, com as chamadas "traduções orais", que vem a ser as histórias que uns contavam a outros. Por volta de muito tempo atrás, os chamadosescribas decidiram "passar para o papel" essas histórias. Com isso, pouco a pouco, a Bíblia foi sendo formada.
Quando terminou de ser escrita a Bíblia?
A Bíblia terminou de ser escrita por volta do ano 100 d.C., com o Apóstolo João Evangelista (que escreveu o Apocalipse).
A Bíblia foi escrita por várias pessoas, mas foi inspirada unicamente por Deus. O Pai usou de pessoas como instrumentos seus para transmitir a sua mensagem.
Como a Bíblia é formada?
O Antigo Testamento nos revela a Criação do mundo, as alianças que Deus fez com os homens, as profecias que anunciavam a vinda do Messias, a fidelidade e infidelidade do povo de Deus, e principalmente, a preparação do povo escolhido de onde viria o Verbo Encarnado.
O Novo Testamento possui quatro livros (Mateus, Marcos, Lucas e João) que contam toda a vida de Jesus Cristo, desde o seu nascimento até a sua ascensão ao céu. Esses quatro livros formam um conjunto denominado evangelho. O Novo Testamento é também constituído por várias cartas (também chamadas epístolas), que foram escritas pelos apóstolos com o objetivo de direcionar a Igreja fundada por Cristo. Além do evangelho e das cartas, o Novo Testamento possui um livro que conta os primórdios da Igreja de Cristo e outro livro profético que revela a Segunda vinda gloriosa de Jesus, respectivamente, são eles: os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse.
Os idiomas bíblicos são três: o hebraico, o aramaico e o grego. O Antigo Testamento, foi totalmente escrito em hebraico. Já, o Novo Testamento, foi escrito a maior parte em grego e uma pequena parte em aramaico (que vem a ser um dialeto do hebraico). Por curiosidade, o idioma que Cristo falava era o aramaico.
Como já vimos, a Bíblia possui três idiomas de origem: o hebraico, o aramaico e o grego. Com o tempo, foram surgindo as traduções. Hoje em dia, a Bíblia é o livro mais traduzido no mundo inteiro. Isso foi graças ao esforço de muitos estudiosos da época.São Jerônimo é um grande exemplo disso, ele foi quem traduziu a Bíblia para o latim. Pouco a pouco, logo após a tradução para o latim, a Bíblia foi sendo traduzida em mais e mais línguas. Até chegar ao que temos hoje: o livro mais lido mundialmente.
A interpretação bíblia é algo muito importante, e NÃO devemos interpretá-la de qualquer modo. A Igreja Católica que vem a ser a Igreja fundada por Jesus Cristo, vem desde os seus primórdios adotando a tradição apostólica, ou seja, os ensinamentos de Jesus não foram deturpados e muito menos interpretados de modo diferente desde sua origem. Ao ler a Bíblia, devemos Ter bastante cuidado, pois muitos são as palavras estranhas, os exemplos difíceis de ser entendidos, e principalmente, muitos são os equívocos que cansamos de cometer ao tentarmos interpretar a Bíblia sem a ajuda de um padre, um catequista , ou seja, um conhecedor do assunto. O mundo é repleto de seitas e religiões que pregam a livre interpretação. Essa atitude desregrada causa o que vemos ao nosso redor: o nascimento de seitas e mais seitas que pregam aquilo que der na telha do pastor ou daquele que fundou a seita. Por isso, vamos tomar cuidado!
Muitas são as pessoas que desprezam a Bíblia Protestante, dizendo não ser a Palavra de Deus. Isso é uma atitude erradíssima, pois tanto a Bíblia Católica como a Bíblia Protestante deve ser considerada Palavra de Deus! A única diferença que há entre elas, é em relação ao número de livros, ou seja, a Bíblia Protestante possui sete livros a menos do que a Bíblia Católica. Esses livros são os seguintes: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria e Baruc. A Bíblia Protestante também não contém as seguintes citações do Antigo Testamento: Dn 13-14 ; Est 10,4-16,24.
Para aprender a manusear a Bíblia, devemos antes de tudo, saber o que são capítulose versículos. Os capítulos são as divisões que encontramos nos livros sagrados, os capítulos são denominados por algarismos. Normalmente, os capítulos aparecem emnúmeros grandes. Os versículos são as divisões que encontramos dentro dos capítulos, sua função é de auxiliarmos na localização das frases bíblicas. Normalmente, os versículos aparecem em números pequenos, que estão obrigatoriamente no meio do texto bíblico.
A Pontuação Bíblia vem a ser a forma que encontramos para manusear a Bíblia com maior facilidade. As principais pontuações bíblicas são as seguintes:
vírgula à separa capítulo de versículo. Exemplo: Dn 3,5 (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 5)
hífen à equivale ao "até". Exemplo: Dn 3,1-5 (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo de 1 até 5)
ponto à mostra versículos alternados. Exemplo: Dn 3,1.3.5 (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 1, versículo 3 e o versículo 5)
"s" à mostra a continuação de um versículo. Exemplo: Dn 3,1s (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 1 e 2).
"ss" à mostra a continuação de dois versículos. Exemplo: Dn 3,1ss (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 1, 2 e 3).
Essas são as principais pontuações bíblicas, que normalmente usamos para manusear mais facilmente a Bíblia.
As abreviações bíblicas tem como finalidade, facilitar na hora de especificar o livro sagrado. A maioria das Bíblias, para não dizer todas, possui uma página com todas as abreviações bíblicas, para a consulta de todos os leitores.
1. Quem escreveu a Bíblia?
2. A Bíblia é dividida em quantas e quais partes?
3. O que vem a ser o hífen da pontuação bíblica?
4. Quais são os idiomas originais que foram escritos a Bíblia?
5. Quem foi São Jerônimo?
Logo, chegamos ao conhecimento do que vem a ser a Bíblia e a sua importância para todos nós.
Basta agora, desfrutarmos daquilo que Ela pode nos proporcionar, e principalmente, praticarmos os ensinamentos daquele cujo é o seu centro: Jesus Cristo.
Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/conhecendoabiblia.htm
sábado, 19 de setembro de 2009
HISTÓRIA DA CATEDRAL DE JEQUIÉ
A nova Diocese surgia do desmembramento das Dioceses de Vitoria da Conquista e Amargosa, ficando assim, numa posição geográfica centro-leste meridional do estado da Bahia, com uma área superficial de 18.771 Km, fazendo limites com a Diocese de Amargosa, Vitoria da Conquista, Livramento de Nossa Senhora e Diocese de Ruy Barbosa, tudo isso em território baiano.
A nova diocese abrangeria, portanto os municípios de: Aiquara, Apuarema, Boa Nova, Brejões, Cravolândia, Dario Meira, Irajuba, Itagi, Itagiba, Itaquara, Itirucu, Jaguaquara, Jequié, Jitauna, Lafaiete Coutinho, Lajedo do Tabocal, Manoel Vitorino, Maracás, Marcionilio de Souza, Mirante, Nova Itarana, Planaltino e Santa Inês.
Para a nova diocese o Sumo Pontífice nomeou o Monsenhor Cristiano Jacob Krapf, vigário de Sao Jose de Itabuna. Esta grande noticia foi transmitida pelo bispo diocesano através da Radio Baiana de Jequié, o causou grande alegria. Houve repicar de sinos e na tarde desse mesmo dia o bispo diocesano comunicou-se por telefone com o Monsenhor Cristiano.
Em sete de janeiro do ano de mil novecentos e setenta e nove, deu-se a instalação da referida Diocese seguida da posse do primeiro bispo, onde a cidade de Jequié viveu também um grande dia. No parque do DERBA milhares de pessoas aguardavam com ansiedade e alegria a chegada do Sr. Bispo Diocesano e na praça da Catedral devidamente preparada com uma multidão inigualável, com a presença do Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela, Dom Jairo, bispo de Senhor do Bonfim, Dom Climério, bispo de Vitoria da Conquista,Dom Tepe, bispo de Ilhéus, Dom Homero, bispo de Itabuna, Dom Matias, bispo de Ruy Barbosa, Dom Thiago, bispo de Caravelas, Dom Tomas, bispo auxiliar de Salvador e mais de sessenta sacerdotes e autoridades Dom Cristiano tomou posse como primeiro bispo de Jequié.
No mês de fevereiro do mesmo ano, aconteceu a 1ª Assembléia Diocesana, tendo como palco as dependências do Convento dos Padres Passionistas com a participação de setenta pessoas entre leigos, religiosos e sacerdotes. Ainda nesta data o Sr. Bispo Diocesano enviou a sua primeira circular as paróquias convidando aos senhores padres, informando a data para realização do retiro do clero. Em marco do ano corrente realizou-se com a presença de 80 leigos o primeiro Curso de Igreja, com a equipe de Ipiaú-BA. Com a vinda do nosso primeiro bispo grandes acontecimentos no campo da expansão da doutrina crista, surge o Movimento de Cursilho de Cristandade crista, TLC e as pastorais ate hoje existentes, sem deixar de falar da Renovação Carismática Católica e os grupos das Comunidades Eclesiais de Base estes últimos já existentes.
Falando um pouco da vida da nossa diocese, queremos afirmar que a grande noticia nos levou a conscientizar a comunidade sobre o que significava uma diocese, trabalho este divulgado para todos através da Radio Baiana de Jequié. A religião crescia estatisticamente e aos poucos Dom Cristiano ia formando o seu clero. Hoje a Diocese de Jequié que em muito tem crescido em todos os aspectos volta suas atenções primeiras para a assistência ao rebanho, formando seus seminaristas no próprio Seminário (Santo Antonio de Pádua) em Ilhéus-BA. Dai, o resultado vem-se obtendo com a grande alegria: Todos os municípios já são atendidos por seus respectivos sacerdotes.
Fonte: Site da Diocese de Jequié
CELEBRAÇÃO FESTIVA NA CEB N. SRª DAS DORES
Parabéns por mais um ano de caminhada de Fé e Missão.
Romildo Costa
terça-feira, 15 de setembro de 2009
FESTEJOS DA COMUNIDADE NOSSA SENHORA DAS DORES - BAIRRO J. ROMÃO
12º INTERECLESIAL
Entre os dias 21 e 25 de julho, a cidade de Porto Velho (Rondônia) sediará o 12° Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Neste ano, o encontro terá como tema: “CEBs: Ecologia e Missão” e o lema: “Do Ventre da Terra, o Grito que vem da Amazônia”.
Iniciado em 1975, os Intereclesiais mostram a caminhada das CEBs e cada edição apresenta um tema diferente, relacionado à realidade de vida do povo. De acordo com padre Luis Ceppi, membro da coordenação do 12° Intereclesial, o encontro tem a intenção de aprofundar e viver mais ainda os caminhos que Deus propôs, além de trabalhar a questão da ecologia.
Ceppi explica que a Amazônia é uma região de interesse de todos por causa das riquezas naturais que possui, entretanto, poucas pessoas atentam para as civilizações que vivem na região. “O Encontro visa a resgatar a dignidade dos seres que povoam a Amazônia”, comenta.
Além disso, o coordenador comenta que o Intereclesial quer mostrar que é possível viver em comunhão com o meio ambiente sem prejudicá-lo. Para o coordenador, indígenas, quilombolas e outros povos que vivem na região sem destruir são o sinal de uma nova civilização, que resiste ao mundo do consumo.
“É o sinal frente à maldita civilização do consumo, à maldita civilização do lucro”, desabafa, acrescentando que há outras maneiras de viver sem prejudicar o meio ambiente. “É possível viver sem ficarmos escravos desse mundo”, comenta.
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) são comunidades cristãs formadas por pessoas de regiões próximas que se reúnem na fé para ouvir e refletir a Palavra de Deus, levando os ensinamentos para a vida cotidiana. As CEBs estruturam-se basicamente em quatro pontos: a fé, os sacramentos, a comunhão, e a missão.
Para padre Ceppi, as CEBs são uma resposta ao chamado de Jesus, tentando acompanhá-lo. Ele explica que a Palavra de Deus e a oração servem para a pessoa escutar e sentir o amor de Deus, além de mostrar que é possível viver em comunhão com o Criador.
Os outros dois pontos das CEBs, a comunhão e a missão, também são importantes, pois mostram que a união entre as pessoas e o serviço à sociedade estimulam as pessoas a serem como Jesus Cristo.
“A CEB é estímulo para viver e trabalhar para a comunidade”, comenta Ceppi. Ele explica que a missão tem uma dimensão de abertura e conscientização política, social e econômica. “O serviço não é mero assistencialismo”, ressalta.
IMAGENS DA CELEBRAÇÃO DE ABERTURA DO 12º INTERECLESIAL DA CEB’S EM PORTO VELHO-RO EM 21 DE JULHO DE 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Embarque dos delegados da Diocese de Jequié rumo a Porto Velho-RO
12º Intereclesial das Ceb’s
A vida de Dom Hélder Câmara
Considerado uma das figuras políticas mais importantes da Igreja no país, há cem anos nascia, no Ceará, Dom Hélder Câmara. O religioso desempenhou um papel fundamental para o fortalecimento da Teologia da Libertação, defendendo uma Igreja comprometida com o povo brasileiro. Dom Hélder, designado para ser o arcebispo da cidade de Olinda e Recife, chegou a capital pernambucana nos primeiros dias do Golpe Militar de 1964. Pela coragem de dizer “não” ao regime militar e denunciar publicamente as atrocidades cometidas pela ditadura, o “arcebispo vermelho”, como era conhecido, foi perseguido e censurado pelos militares. Hoje, cem anos após o seu nascimento, o legado deixado pelo religioso continua firme entre os que defendem os direitos humanos no país e no mundo. Em entrevista à Radioagênca NP, o coordenador do Centro Dom Hélder Câmara e vereador da cidade de Olinda, Marcelo Santa Cruz, fala sobre o legado do religioso e a vida dedicada às mudanças sociais. Radioagência NP – Como Dom Hélder conseguiu desenvolver uma prática voltada para o bem comum, para a liberdade de expressão, e conviver com a hierarquia, as normas institucionais da Igreja? Marcelo Santa Cruz – Ele sabia organizar, aglutinava em torno de um pensamento transformador homens e mulheres de todos os credos, agia de forma ecumênica e sempre indicava um caminho libertador para as pessoas. Era também um bispo da Igreja Católica, sendo que vivia o cristianismo como prática de vida. A primeira coisa que ele fez quando assumiu a arcebispado de Olinda e Recife foi dispensar as pompas e mordomias do Palácio dos Manguinhos, para fixar sua residência em um humilde alojamento nos fundos da Igreja das Fronteiras. Essa era a sua personalidade, imprimia como linha de pensamento uma ação pastoral voltado para os pobres. RNP – Destaque alguns movimentos ou organizações onde as contribuições e ensinamentos de Dom Hélder se fizeram presentes. Marcelo Santa Cruz – Dom Helder foi um animador de questões sociais, estimulou organização social, eclesiástica e popular. Foi criado sobre sua inspiração o Banco da Providencia, no Rio de Janeiro, a Conferencia Nacional dos Bispos do País (CNBB), A Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP); o Encontro de Irmão, a Campanha da Fraternidade. Sem esquecer que Dom Hélder foi um grande estimulador e apoiou de maneira incondicional a reforma agrária, inclusive, no seu funeral, foi colocada a bandeira do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] com a qual ele foi sepultado. RNP – Quais foram as contribuições deixadas para a construção da Teologia da Libertação? Marcelo Santa Cruz – A Teologia da Libertação aponta para uma igreja preocupada com as questões sociais. Portanto, a teologia deixou como legado uma Igreja renovada na fé cristã e no compromisso social, cujo pensamento levava a libertação das pessoas, postulava a oportunidade para todos e agia de maneira ecumênica. RNP – Qual a mística vivenciada por Dom Hélder? Marcelo Santa Cruz – Observando o retrovisor, o caminhar desses movimentos que foram criados sobre inspiração de Dom Hélder Câmara, em cada um deles, ele lutou pela posse da terra e pela solidariedade aos presos torturados, denunciando os desaparecimentos forçados. É bom ainda destacar que a grande virtude do Dom Hélder era que ele reunia varias pessoas em torno de um pensamento transformador, entidades, homens e mulheres de todos os credos e etnias de forma ecumênica e verdadeiramente cristã. Que era um nordestino falando para nordestinos com os olhos postos no Brasil, na América e no mundo. RNP – Marcelo, tem algo a destacar em seus momentos com Dom Hélder? Marcelo Santa Cruz – Tive a oportunidade de pergunta-lhe se ele realmente acreditava que não haveria miséria no ano 2000. Dom Hélder olhou para dentro dos meus olhos e disse em voz pausada: “Meu filho, no ano 2000 haverá miséria, talvez mais do que hoje. O que eu quero é colocar a questão da fome na agenda dos governantes e da sociedade”. E essa era a luta do Dom Hélder, justamente com os pobres e despossuídos, com aqueles que não tinham voz e nem vez na sociedade. De Caruaru, em Pernambuco, para Radioagência NP, Marcos Felipe. Em 10/06/09
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
CEBS E ECUMENISMO
"Eu acho que este é um campo minado e pouco trabalhado pelos agentes das CEBs e por lideranças, quer leigos quer religiosos e padres. Todos são muito mal preparados para o diálogo ecumênico. É claro que ecumenismo é, antes de tudo, uma graça do Espírito Santo. É preciso rezar muito, ouvir muito, tentar compreender, mas precisa também competência, saber que luterano não é metodista; saber que um pastor pentecostal de uma Igreja de missão não é a mesma coisa que um pastor de uma Igreja pentecostal neodenominacional. Não é somente questão de semântica, é necessário saber que existem identidades protestantes diversificadas. Precisamos de mais cursos, mas também de mais encontros ecumênicos. Pense que os protestantes que chegaram ao Sul do Brasil eram considerados traidores de Cristo: isso ainda está enraizado na mentalidade católica. A Igreja tem muito mais jeito para se aproximar dos judeus do que tratar com quem crê
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
PARÓQUIAS DA DIOCESE DE JEQUIÉ
REGIÃO PASTORAL CENTRO Coordenador: Pe. Petrônio B. AlvesJequié – BA
P1 CATEDRAL DIOCESANA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA (1899)Rua Nestor Ribeiro, 423, Centro – CEP: 45.202-350Tel.: (73) 3525 - 2885Pároco: Pe. Antônio Tourinho Netoantoniotourinho@uol.com.br
P2 PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA (1996)Praça Nossa Senhora Aparecida, s/n, Cidade Nova CEP: 45.200-000 - Tel.: (73) 3525 - 9277Pároco: Pe. Genalson Rodrigues Nascimentope.genalson@diocesejequie.org.br
CURRAL NOVO - COMUNIDADE SANTO ANTONIO Vigário: Pe. Petrônio B. Alves Tel: (73) 3544 – 2255
P3 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS (1971)Praça João XXIII, s/n, Joaquim Romão - CEP: 45.200-610Tel.: (73) 3525 - 1089Pároco: Pe. Sidney Marques da Silva sidneyjequie@hotmail.com
P4 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO (1962) Rua Mongoyós,394, Jequiezinho – CEP: 45.206-110 Pároco: Pe. Pedro Bacchiocchi
P5 PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (1985) Rua Manoel Gomes, 73, Mandacaru – CEP: 45.200-000 Pároco: Pe. Haroldo Coelho Pereira
P6 PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO (1989) Rua Cel. Erotildes Soares, 190, São José – CEP: 45.204-050 Tel.: (73) 3525 - 1069 - secretaria paroquial Pároco: Pe. Hélio Sandes
SANTUARIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO (1950) Rua Cônego Jacinto Hilário Sanches,118 Campo do América - CEP: 45.203-620 Vigário: Pe. José Messias do Nascimento
P7 PARÓQUIA CRISTO REI (2000) Rua H, 19, Lot. Água Branca, Jequiezinho – CEP: 45.205-270 Tel.: (73) 3525 - 3383 Pároco: Pe. Jairon Souza Batista
COMUNIDADE SÃO JOSÉ DA SAGRADA FAMÍLIA Rua Lourival Ribeiro, 186 – Jequiezinho – CEP:45.205-140 Vigário: Pe. Givaldo Costa Silva
P8 PARÓQUIA ESPÍRITO SANTO (2006) Praça Leur Lomanto, s/n - Urbis III – CEP: 45.200-000 Pároco: Pe. Inácio S. S de Lima
P9 PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU(2007) Lot. São Judas Tadeu – Rua 16,Casa 12 - São José – CEP:45.200-000 - Tel.: (73) 3527 – 6877 Pároco: Pe. Roberto Menezes de Castro
KM 100 - Brejões – BAP11 PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA Rua do Quartel. s/n - centro – CEP: 45-328-000 Pároco: Pe. Alberto C. Sampaio=
Cravolândia - BAP12 PARÓQUIA BOM JESUS (2001) Praça Lomanto Júnior, 55, Centro – CEP: 45.330-000 Pároco: Pe. Fernando Antônio O. Santos
Itaquara – BAP13 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE (1999) Praça da Matriz, s/n – Centro CEP: 45.340-000 Tel.: (73) 3543 - 2222 Pároco: Pe. Josafá Rodrigues
REGIÃO PASTORAL SUL – “UMBU”COORDENADOR: Pe. Eraldo Souza de Jesus
Boa Nova – BAP30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA BOA NOVA (1918) Rua Régis Pacheco, 26 – CEP: 45.250-000 Pároco: Pe. Fábio Bastos Pereira
Mirante- BAP31 PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO (1999) Praça Humberto de Campos, s/n – CEP: 45.255-000 Pároco: Pe. Agnelo Barreto
Manoel Vitorino – BAP32 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO(1976)Avenida Rio Bahia, 192 – CEP: 45.240-000 Pároco: Pe. Eraldo Souza de Jesus
REGIÃO PASTORAL NORTE - 2 - “ FLORES “Coordenador: Pe. William Silva Menezes
Irajuba - BAP16 PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO (1995) Av. Tomaz Portela,09 – CEP: 45.370-000 Pároco: Pe. William Silva Menezes
Itiruçu -BAP17 PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO (1989) Avenida Presidente Vargas, 24, Centro – CEP: 45.350-000 Pároco: Pe. Derneval José Santos
Lagedo do Tabocal – BAP18 PARÓQUIA SÂO MIGUEL ARCANJO (2001) Rua Marcionílio Souza, s/n – CEP: 45.365-000 Pároco: Pe. José Antonio Ferreira da Silva
Lafaiete Coutinho – BAP19 PARÓQUIA SÃO ROQUE (1984) Praça Papa João XXIII, 180 – CEP: 45.215-000 Pároco: Pe. Sonildo de Jesus Oliveira
Marcionílio Souza –BAP20 PARÓQUIA SENHORA SANT’ANA (1993) Praça da Matriz, s/n – CEP: 46.780-000 Pároco: Pe. Arlekson Barreto
Maracás –BAP21 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS (1847) Rua Castro Alves, 24, Centro – CEP: 45.360-000 Pároco: Pe. Miguel Torres Vigário: Pe. Leandro Martinez
Nova Itarana – BAP22 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LOURDES(2004) Avenida André Magalhães, s/n – CEP: 45.390-000 Pároco: Pe. Waldomiro S. dos Santos
Planaltino – BAP23 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES (1993) Largo da Matriz,03 – CEP: 45.375-000 Tel.: (73) 3544 – 2255 Pároco: Pe. Petrônio de Fátima Bonfim Alves pe.petronio@diocesejequie.org.br
Fonte: Site da Diocese de Jequié - http://www.diocesejequie.org.br
HISTÓRIA DAS CEB'S - COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE
Um jeito muito antigo de participar com fé, politicamente.
I – Um pouco de história sempre faz bem
As CEBs - Comunidades Eclesiais de Base – nasceram, há dois mil anos atrás, a partir de uma Boa Notícia para os empobrecidos e excluídos, trombeteada, em primeira mão por Maria Madalena, uma mulher que muito amava: JESUS RESCUSSITOU! Transfigurados pela utopia da ressurreição, os seguidores/as de Jesus se reuniram em pequenas comunidades a partir das CASAS, para testemunhar que somente relações de Amor verdadeiro vencem o poder do mal. Os projetos de Vida são mais fortes que os de morte. De fato, a Ressurreição representa para todos os cristãos e cristãs uma nova esperança após a morte de Jesus na cruz. Reacende uma luz para o projeto de libertação do povo oprimido.
No Brasil, podemos dizer que as CEBs passaram por um momento de gestação, um de nascimento, crescimento e hoje já estão na maioridade. A gestação foi protagonizada por alguns movimentos como a ACO – Ação Católica Operária -, o MEB – Movimento de Educação de base -, o Movimento do Mundo Melhor e pelos Planos de Pastoral da CNBB. No final da década de 50 e início da década de 60, as CEBs pipocaram por todo o Brasil no campo e nas periferias das cidades. Hoje existem mais de 100.000 por todos os cantos e recantos do Brasil. Tanto a gestação quanto o nascimento das CEBs coincidem com o momento de intensa atividade política da sociedade civil mundial, após 2a Grande Guerra, a divisão do mundo em dois blocos de influência - capitalista e comunista -, a pressão da força hegemônica desses dois blocos que culminou com o eclipse das utopias socialistas após a queda do muro de Berlin, em 1989, e com o esfacelamento da URSS, no Leste Europeu.
Somente em 1968, aconteceu o batismo das CEBs. Foi em Medellín, na Colômbia, na 2a Conferência Episcopal da América Latina, quando os bispos referendaram a Opção pelos Pobres. Inicialmente chamadas de Comunidades Cristãs de Base, foram reconhecidas como o primeiro e fundamental núcleo eclesial, responsável em seu próprio nível pela riqueza e dinamização do projeto de Jesus de Nazaré. Foi assim a célula inicial de estruturação eclesial e foco de evangelização.
A confirmação se deu em Puebla, no México, em 1979, na 3a Conferência Episcopal latino-americana, mesmo tendo encontrado sua legitimidade na palavra do magistério universal na Evangelii Nuntinadi, 58. O Documento de Puebla assim se expressa: “As comunidades eclesiais de base, que, em 1968, eram apenas uma experiência incipiente, amadureceram e multiplicaram-se sobretudo em alguns países. Em comunhão com seus bispos e como pedia Medellín, converteram-se em centros de evangelização e em motores de libertação e de desenvolvimento”.
As CEBs ocuparam, principalmente a partir da maturidade, importante papel na construção dos movimentos sociais no Brasil, a ponto de serem consideradas “sementeiras de movimentos populares”; o papel da organização, da crítica, do fortalecimento dos movimentos organizados que lutavam contra as ditaduras militares que se instalaram em diversos pontos do continente latino-americano. De fato, a maturidade das CEBs pode ser compreendida em três momentos: O primeiro, com o Documento da CNBB, em 1982, que reconhece: “Fenômeno estritamente eclesial, as CEBs em nosso país nasceram no seio da Igreja-instituição e tornaram-se “um novo modo de ser Igreja”. Ao redor delas desenvolveu-se a ação pastoral e evangelizadora da Igreja. O segundo momento aconteceu com o VI Encontro Intereclesial das CEBs, em Trindade/GO, em 1986, onde se cunhou a expressão – “CEBs: Um modo novo de toda a Igreja ser.” Essa expressão mostrou que o espírito das CEBs deve fermentar toda a instituição eclesial a partir da Opção pelos Pobres. Finalmente, o terceiro momento pode ser compreendido na feliz expressão de D. Pedro Casaldáliga – “CEBs: O modo normal de toda a Igreja ser.” Esta expressão quer significar que as questões fundamentais defendidas pelas CEBs devem ser assimiladas por toda a Igreja-instituição, pois fazem parte da defesa da vida.
Atualmente, continuam sendo fator primordial de promoção humana e de libertação integral. São comunidades missionárias, proféticas e ecumênicas, isto é, abertas ao mundo, ao diferente, aos pobres e excluídos, às diversas culturas e religiões e até mesmo aos que não têm fé, mas trabalham e lutam pela justiça. A construção de uma sociedade solidária e justa pressupõe a libertação de toda forma de preconceito e discriminação, a disposição ao diálogo, a busca de novos caminhos que superem as enormes barreiras e contradições sociais. Enfim a construção de uma sociedade que tenha como fundamento o amor e a paz.
Dois aspectos principais nos dão a certeza do papel insubstituível que pode ser assumido pelas CEBs: primeiro, a formação cristã fundada em uma fé libertadora; segundo, o compromisso com os destinos políticos do país, por meio de uma participação cidadã, extremamente descentralizada, capilarizada por toda a sociedade civil, de forma consciente e solidária, onde a tônica da organização sejam os interesses da comunidade e não os interesses individuais. É nesses dois aspectos que queremos centrar a nossa reflexão neste texto.